Big Brother Fiscal
- Rogério Nahas Grijó
- 27 de fev. de 2013
- 2 min de leitura
Passado o carnaval, começa o ano fiscal!
Trocadilhos a parte, após esse período festivo, deparamo-nos com uma tarefa indigesta, prestar contas com o “Leão”, referente aos rendimentos recebidos em 2012. A data limite é 30/04/2013.
Os mais apressadinhos já em 01/03/2013, no primeiro dia em que é possível transmitir a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, despacham-na. Os esquecidinhos deixam para o ultimo minuto do ultimo dia. Os incautos, que não planejaram e não pagaram nem uma DARF em 2012 ficam remoendo e procurando “soluções de botequim”, até o ultimo instante, acendem uma vela após transmitir a Declaração.
Os assalariados, que ao longo do ano de 2012 tiveram um monte de dinheiro retido na fonte e repassado de forma compulsória ao “Leão”, ficam cassando despesas dedutíveis de forma a receber algo como restituição. Muitas vezes “forçam a barra” e caem na malha fina por causa de uma doação de R$ 10,00 feita a uma entidade filantrópica.
Os profissionais autônomos e liberais são o grupo de risco, quando se trata de Imposto de Renda. Geralmente, esquecem de informar em sua declaração valores recebidos. Querem “consertar” em poucos dias, todo o que foi feito no ano passado, sem qualquer planejamento, ficam a beira de um ataque de nervos pensando e repesando como entregar a declaração pagando pouco imposto, mas de outro lado, não dando margem para fiscalização e malha fina.
É um jogo de xadrez. Vivemos no Brasil a era do “Big Brother Fiscal”. Os computadores da Receita Federal são alimentados com informações vindas de diversas fontes e ficam fazendo cruzamentos e inter-relacionando os valores com o que é declarado pelo contribuinte.
Como exemplo de informações que a Receita Federal recebe e cruza, podemos citar: Decred, que apresenta informações sobre as operações efetuadas com cartão de crédito, compreendendo a identificação dos usuários (CPF) e os montantes globais mensalmente movimentados e Dirf onde as fontes pagadoras informam os rendimentos pagos a pessoas físicas.
Saudades do tempo em que a Declaração do Imposto de Renda era apresentada em papel... O papel aceita TUDO! E o tempo que o pessoal da Receita Federal demorava em processar tudo aquilo...
Calma. Nem tudo são espinhos. Se você está lendo esse artigo no Clube, na Praia, peça uma caipirinha e relaxe. Se estiver lendo antes de dormir, em casa, um leite morno. Nem tudo está perdido!
A declaração prestada em 2013 é uma fotografia de nossas atitudes em 2012.
Em 2013 é tempo de repensar, refletir e utilizar-se das ferramentas de planejamento fiscal, a fim de minorar a carga tributária e o risco de omissão de receitas. Você não vai querer perder o sono em 2014, afinal de contas é ano de Copa do Mundo!
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